Espreita
A noite derrama púrpura no céu.
Corações tamborilam ritual solidão.
Almas peregrinas, em exaustão,
flutuam sem destino, ao léu.
O encontro partiu do mundo!
O encanto à míngua morreu...
Surpreendente magia resplandece o véu,
rompendo o negro manto, profundo.
É o horizonte! É o horizonte!
O alvorecer das possibilidades...
Há um atalho, uma luz, uma ponte!
Tudo se repete com habitual fatalidade.
A solidão faz-se presença constante.
O alvorecer sempre espreita a liberdade.