Insânia incauta insânia

Desvendo-me ao pecado original vaidade,
recito meu desejo em beijos sem arreios,
sou dama em ti fugaz - requebro à vil saudade,
és tudo num momento - és luz em galanteios!
 
As asas do teu corpo ensinam-me maldade,
em belo esvoaçar provocas meus anseios,
sou freira e sou rameira - em ti ambiguidade,
és deus e iniquidade - ao suco dos meus seios!
 
Delírio... incauto algoz ressurges do inferno...
Ao dom de um só abraço ensandecido és louco,
és anjo, és meu satã - esquentas-me ao inverno!
 
Delírio... esse furor, esse fullgás feitiço...
És gosto depravado em grito quase rouco
e à paz da minha vida – um tom de rebuliço!
Rio de Janeiro, 7 de junho de 2010 – 15h52
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 07/06/2010
Reeditado em 12/06/2016
Código do texto: T2306281
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