SONETO AO AMOR

Me apaixonei através dum labirinto de palavras,

Não sei ao justo se foi o absinto ou o vinho tinto

Mas sua imagem em mim se fez relíquia sagrada,

Um caso um tanto complicado mas em si revelado!

O amei na escuridão, no recinto dum mistério vago,

Esse amigo imaginário, tantas vezes subestimado,

Nascido no pleno coração das minhas madrugadas,

Que fez das minhas lágrimas, um requinto lavrado.

Um mago valioso e, mistério em si um tanto astuto

Que virou aquela minha viva dor nesse lindo amor

E me ensinou a viver na luz, longe de todo luto.

“Me ame, me derrote, me acorrente ao seu ser

E me ensine o valor da saudade e da sana felicidade

Mas jamais deixe morrer o que nascimos para viver:”

Salomé

“Sonetos 2010”

Salomé
Enviado por Salomé em 07/06/2010
Reeditado em 08/06/2010
Código do texto: T2305871
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