Boemia
Vagueio em pelo solto. Ao vento solto pelos
no sonho de um jardim florido em meu deserto.
Meu busto de marfim é boca em tom de apelos,
que aos beijos de um guru resmungam mantra certo.
Canção maior componho. Afago meus cabelos
e inscrevo nome cru no casto som liberto.
Perfumes de jasmim aspiro sem prendê-los,
enquanto por minh’alma harpejo e não me acerto.
Sentada na sarjeta, em gesto de afoiteza,
exausta por chorar refaço meus desvelos...
Setembro cantarei, às babas da tristeza.
Abraço o violão, procuro em cada corda,
dedilho vagamente em busca dos teus pelos...
Sem ter o que encontrar, a dor em mim transborda.
Vagueio em pelo solto. Ao vento solto pelos
no sonho de um jardim florido em meu deserto.
Meu busto de marfim é boca em tom de apelos,
que aos beijos de um guru resmungam mantra certo.
Canção maior componho. Afago meus cabelos
e inscrevo nome cru no casto som liberto.
Perfumes de jasmim aspiro sem prendê-los,
enquanto por minh’alma harpejo e não me acerto.
Sentada na sarjeta, em gesto de afoiteza,
exausta por chorar refaço meus desvelos...
Setembro cantarei, às babas da tristeza.
Abraço o violão, procuro em cada corda,
dedilho vagamente em busca dos teus pelos...
Sem ter o que encontrar, a dor em mim transborda.
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Cabo Frio, 17 de maio de 2010 – 10h11