A ÚLTIMA ESTRELA

Some, do olhar, a última estrela,

Junto com a madrugada de silêncios;

Porém, sua lembrança permanece bela,

Entre os sons que me chegam, longínquos.

Da escuridão, quase mais nenhum sinal;

O sol insistindo em renovar a vida.

Só meu pensamento, ainda sonolento e febril,

Não ousa compartilhar o rubor da alvorada.

Sinto-me faminto, o cheiro de café forte,

Vindo do apartamento da vizinha ao lado,

Devolve-me a calma e a lucidez; o norte

Que, por instantes, perdera na noite.

Espécie estranha de sono, conturbado.

Algo que nunca mais quero: Açoite.

- por JL Semeador, na madrugada de 07/05/2010 -

jlsantos
Enviado por jlsantos em 07/05/2010
Código do texto: T2241993