Amantes

 

Nós dois – quimera ilhota - um mundo assaz fecundo,
no qual relembro o amor - sereia enfim cativa,
por onde a mim propões sussurros num segundo,
por onde a ti segredo um tudo em paz altiva.

Nós dois - faustoso mundo - ilhota em mar profundo,
no qual velejo afoita - ousada e rediviva,
por onde em mim perfaz um sonho moribundo,
por onde em ti soçobro ao nada e sempre diva.

Nós dois - somente dois - ternura em cena virgem
de areia tropical. É qual deserto ardente,
sem ilusão futura... e os céus na dor se afligem.

Nós dois – somente dois - amantes caminhamos,
boêmias nossas mãos. E o mundo transcendente,
ao féretro do sonho... exibe dois estranhos.

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Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Cabo Frio, 31 de agosto de 2009 – 12h03
Reeditado em 4 de novembro de 2016 - 18h29

 

Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 25/04/2010
Reeditado em 04/11/2016
Código do texto: T2217911
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