Heresia do amor

Eu canto o amor! O amor, tão loucamente, quero!
Fascínio e colibri, teu verbo em mim cativo,
faz jura do pecado. Incandescente fero,
sou onça e sou mulher, meu verso assim cultivo.


Eu canto o amor! O amor, tão loucamente, quero!
Às fragas do infinito, um frenesim altivo
desliza ao triste fado. Instigo anil bolero,
que dança aqui e ali, volita criativo.


Ao meu candente beiço há beijo e só tormento.
Se burlam versos meus, sacrário vil - expiro,
cavalgo à luz do sol, sou flor sutil - lamento!


Infrinjo as leis da paz, sou hóstia do momento.
Desejo um louco amor, traduzo-me em suspiro
e a súplica do orgasmo exaro ao firmamento!


Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 24/04/2010
Reeditado em 04/02/2018
Código do texto: T2217175
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.