Em rubras meias, pernas que dourei ao sol...
Ardente – meu desejo atiça em atropelo,
frisson desmesurado em beijo santo e fero.
Desfilas pouco a pouco o teu perfil e ao tê-lo
alcanço o paraíso - há beijo em som bolero.
Acesa - minha boca eivada ao louco apelo,
alquebra sem destino e novos ritos quero.
Sonhar candente céu preciso merecê-lo
envolta em teu lençol - o aval de amor sincero.
As pernas que dourei, nas rubras meias guardo
e efêmera e lasciva exibo-te em pecado
floresta negra e densa - a entusiasmar maldades!
Um gosto forte e quente, inspiração de um bardo,
percorre-me a garganta e traz a mim salgado
o pranto do teu falo – um mar de iniquidades!
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Reformulado em 21 de junho de 2011
Reeditado em 27 de março de 2017 – 18h53