E, se eu não existisse, enfim?
Ah! Quanto existo... sei que existo!
Meu corpo inteiro fez-se em ti,
folgou tão nú... num imprevisto
e sem-te-ver eu bem-te-vi!
Ah! Quanto existo... sei que existo!
Suguei o amor em frenesi,
lambi teus pés... meu Anticristo
e albatroz, que ao mar feri!
Se, mesmo assim, não existisse?
Fugaz - ambígua ao teu cortejo,
um quase demo existo em ti.
Se, mesmo assim, não existisse?
Fullgás – resisto ao teu desejo
e mesmo santa existo em ti!
Cabo Frio, 6 de fevereiro de 2010 - 20h05