V - Oculto Amor
Percebas que te escondo o meu desejo!
O tempo já no'é mais o meu inimigo
A ânsia já no'é mais o meu castigo
Na primavera um broto é benfazejo.
O tempo que era gélido eu não lembro...
Desculpo a mim os erros cometidos
E conto a vida em beijos descabidos
E vivo o amor das flores de setembro.
A frase que te digo a duras penas
Mais dia, menos dia, hás de entender:
"O amor que levo morrerá ao nascer..."
E morto, se eternizará! De Elenas...
De Rosas, Margaridas, já cansei!
Teu nome, amiga minha, dir-te-ei.
// Obs: O segundo quarteto possue um "acróstico de escada" (é como chamei), pois forma uma frase com cada sílaba poética de cada verso na progressão 1-2-3-4... "Oculto amor".