V - Oculto Amor

Percebas que te escondo o meu desejo!

O tempo já no'é mais o meu inimigo

A ânsia já no'é mais o meu castigo

Na primavera um broto é benfazejo.

O tempo que era gélido eu não lembro...

Desculpo a mim os erros cometidos

E conto a vida em beijos descabidos

E vivo o amor das flores de setembro.

A frase que te digo a duras penas

Mais dia, menos dia, hás de entender:

"O amor que levo morrerá ao nascer..."

E morto, se eternizará! De Elenas...

De Rosas, Margaridas, já cansei!

Teu nome, amiga minha, dir-te-ei.

// Obs: O segundo quarteto possue um "acróstico de escada" (é como chamei), pois forma uma frase com cada sílaba poética de cada verso na progressão 1-2-3-4... "Oculto amor".

Edmond Conrado de Albuquerque
Enviado por Edmond Conrado de Albuquerque em 19/04/2010
Reeditado em 10/05/2010
Código do texto: T2206153
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