II - O Último Verso de Amor

//Como prometido, "a última poesia de amor, tão certo quanto o sol nascerá, em mil se fará...". Esta, a partir de então, a segunda...//

Guardo no peito o teu sestro mimoso

Aquele olhar que é tão lépido, ledo

Beirando o amor que me traz tanto medo

Invade a mim esse jeito ditoso.

Um entre tantos eu sou que te quis

Amor d'irmã e de cumplicidade

Que confundiu-se na tua amizade

Mas somente um entre tantos me fiz.

Do teu amor quero eu transbordar

Mesmo que negues aquilo que dou:

Versos, estrofes de quem vem te amar.

Um dia, então, tu lerás o que sou

E os pobres versos irás declamar

De quem verdadeiramente te amou.

//aliás, esqueci-me de dizer: O soneto veio de um sonho de minha querida mãe, que sonhou comigo declamando... Lembrou-se do último verso (de onde veio o título do poema): "De quem verdadeitamente te amou". Perbebi que a frase era decassílaba e transformei humildemente (e tb apaixonada e doloridamente) em soneto.

Edmond Conrado de Albuquerque
Enviado por Edmond Conrado de Albuquerque em 11/04/2010
Reeditado em 24/04/2010
Código do texto: T2190288
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