II - O Último Verso de Amor
//Como prometido, "a última poesia de amor, tão certo quanto o sol nascerá, em mil se fará...". Esta, a partir de então, a segunda...//
Guardo no peito o teu sestro mimoso
Aquele olhar que é tão lépido, ledo
Beirando o amor que me traz tanto medo
Invade a mim esse jeito ditoso.
Um entre tantos eu sou que te quis
Amor d'irmã e de cumplicidade
Que confundiu-se na tua amizade
Mas somente um entre tantos me fiz.
Do teu amor quero eu transbordar
Mesmo que negues aquilo que dou:
Versos, estrofes de quem vem te amar.
Um dia, então, tu lerás o que sou
E os pobres versos irás declamar
De quem verdadeiramente te amou.
//aliás, esqueci-me de dizer: O soneto veio de um sonho de minha querida mãe, que sonhou comigo declamando... Lembrou-se do último verso (de onde veio o título do poema): "De quem verdadeitamente te amou". Perbebi que a frase era decassílaba e transformei humildemente (e tb apaixonada e doloridamente) em soneto.