Caveiras

Da tua face fria em que te escondes

Da tez que te protege, tão charmosa

Desta horrenda voz que não respondes

Mas paralisas sendo horrorosa.

O que queres de mim? Tu não me tendes!

Não sei quem és tu! Voz intemporiosa!

Não sei por que te ocultas, não dependes

Da escuridão da noite misteriosa.

Me dizes quem és tu, coisa maldosa.

Dizei-me de uma vez por que me prendes

E atacas-me de forma belicosa.

Deixai-me livre, coisa leviatanosa

Afasta-me de mim, que tu te aprendes

Que minh'alma alma não é a ti temerosa