Compor poemas
Compor poemas é um ato ingênuo e forte,
mas nunca deflorar o branco puro em riste
da folha de papel imposta pela sorte
- tal como virgem luz - à qual ninguém resiste!
O verso há de conter lirismo e belo porte,
navegue na alegria, ou na cadência triste,
que seja audaz ou graça e seja afeto ou corte
- sobeje de emoção - sem isso nunca existe!
O verso há de conter os sonhos do arco-íris,
os sons da bela aurora, a dor de cada ocaso,
a mais sutil virtude em Vida rescendida!
Compor poemas é causar prazer à íris,
não é delírio vão, bradar de um ódio raso.
Poesia - arte viva - até na Morte, Vida!
Cabo Frio, 26 de setembro de 2009 – 13h58