Flagelo
Choram, choram, destilam mágoa assaz
Os olhos taciturnos, solitários
Choram de desamor, de amores vários
Dos quais se foi logrado um bom rapaz.
Pergunto só o que haverá de errado
(Porque não sabe o alheio como dói
E como essa mágoa me destrói)
Pra não amarem um rapaz calcado.
Autoflagelo... Se tal é pensei
Por isso nego a dor que versejei
(E o que me era um mal se tornou um bem)
Darei a face ao que me fere n'alma
E no silêncio irá se vir a calma
Do ser que riu e chorou como ninguém.