Biblioteca do Saber
Suave som silencioso... É ouvido com os olhos
Tantas páginas há tanta vez saboreadas
Mundo inteiro incontido existe nos desfolhos
E uma a uma, é a escrita às proles perpetuada.
Cada dia uma nova e bela herança às gentes
Trama ou drama, romance, ensaio e outro tanto
Cabedal suprimido à estantes imponentes
Faz-se um'arma mortal, mental, e luz, e manto.
Bem falava o ditado: "O sábio ao conhecer
Se reveste de força”. E ainda eu insisto:
Conhecer é viver, amar, sonhar, poder!
E por isso eu também me confino a tudo isto
E assim vivo liberto, engendrando em meu ser
Grãos possíveis de areia em acervo tão misto.