Soneto do Amor Constante
Por ti jurei meus lábios virgens, tesos
Imaginando os teus tão castos como!
Por ti, donzela, em pensamentos presos
Enclausurado, os meus instintos domo.
E de um amor assim (não negue), o vosso
Espero tê-lo um réu sublime-entregue
Pra receber e dar o quanto posso
E no meu peito amor maior carregue!
Amor que é forte como a morte, e duro
E terno, e vivo, e amor a todo instante
Daqueles seres de um querer maturo.
Por ti, donzela, e só por ti, constante
Fiel serei e estarei nalgum futuro
Nos braços teus pra nunca mais distante.