Prossigo e prosseguirei

Prossigo e prosseguirei

No meu doce lírio... Meu lamento.

Enovelado nas minhas próprias culpas inda ei

Vencer um dia o meu próprio intento.

Eu, mitigado na minha constelação romanesca,

Das tantas feridas, da tanta dor que refulgia,

Sorverei meu choro à brisa fresca,

Ao calor da alma e à nostalgia.

Lassidão que vem como redoma.

Traz consigo a boa prosa,

A jóia rara, o interior que se lapida.

Oh diamante! Jóia ferida!

Em partir-lhe os pedaços se lhe assoma...

Pra ornar em si a mais augusta rosa.

Edmond Conrado de Albuquerque
Enviado por Edmond Conrado de Albuquerque em 14/12/2009
Reeditado em 04/01/2010
Código do texto: T1977167
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