Quimera

Meu albente negro amor

Paira na quimera docemente,

Derretendo minh’alma amargamente,

Transluzindo manifesto de dor!

Do íntimo um forte clamor,

Lúcida loucura da mente,

No pensamento sempre presente,

Todavia, ausência em calor!

Pudera ascender a chama

Para aquecer minha esperança,

De ter-te amante comigo,

Declarando que me ama

Todos os dias em eterna aliança,

Mas és impossível pra mim – que castigo!

(Heterônimo - Sophie Amadeus)