O meu soneto
Tem gosto de fel, é amargura.
Vem traduzir toda minha solidão.
Camufla da minha vida a candura.
Deixa estagnada a minha emoção.
Oceanos veem-se em meu olhar.
Onde naufrágios estão a existir.
Já não encontro como ancorar.
Isso o meu soneto, vem resumir.
Minhas mãos calejaram.
De tantos sonhos que cavaram.
Mas tudo foi em vão...
E entregue aos meus receios.
Já não encontro os meios.
De salvar o meu coração.