Fim de tarde

A brisa vem soprando de mansinho,

Neste frescor da tarde agonizante.

São restos de perfume no caminho,

São sinos que badalam bem distante.

Como a pluma suavíssima do arminho,

Delicada, sutil num vôo elegante.

Ela nos beija o rosto com carinho,

Na agonia da tarde bruxuleante.

Enquanto alegremente lá no céu,

Pequenos vagalumes vão brilhando,

Saudando a noite que se aproxima.

A brisa vai cantando, se despedindo,

Envolta na roupagem de seu véu,

Dando um adeus á tarde que termina.