ROSA

ROSA

Inda recôndita em botão rubro

descansa uma rosa inesquecível.

Por mais que pondere não descubro

o dia em que ela será visível.

Um verde manto as pétalas cobre,

gotas de orvalho refulgem ao sol,

a longa haste permanece nobre,

o horizonte caminha rumo ao arrebol ...

Subitamente a noite libera

cândida amarra que envolve o manto :

termina a infindável vã espera.

O botão explode então em cantos

silentes, cantando sons deveras

vermelhos como gotas de prantos ...