SERTANEJA
O sol ardente não abrasa
Apenas brilha nos verdes campos do sertão,
Emoldurando a bela cabocla
Pezinhos descalços e olhar maroto!
Passa o vento... E seus negros cabelos
Formam pêndulos sobre os ombros
Balançando como arvoredos
Em cambiante langor!
Suas mãos tocam as águas cristalinas
Do intermitente ribeirão
E, chocando-se,
Formam cisalhas de prata:
Elo indizível de inocente formosura
Como gotas de cristal!