SERTANEJA

O sol ardente não abrasa

Apenas brilha nos verdes campos do sertão,

Emoldurando a bela cabocla

Pezinhos descalços e olhar maroto!

Passa o vento... E seus negros cabelos

Formam pêndulos sobre os ombros

Balançando como arvoredos

Em cambiante langor!

Suas mãos tocam as águas cristalinas

Do intermitente ribeirão

E, chocando-se,

Formam cisalhas de prata:

Elo indizível de inocente formosura

Como gotas de cristal!

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 29/08/2009
Código do texto: T1781193
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