Soneto à toa





Todo meu pouco sangue
Converge para o coração
Que bombeia para você
O amor é mesmo uma das artérias

Que se birfucam nas entrelinhas
Dos vasos capilares. Que mangue.
O amor não tem sentido. A ação
- ato natural – prevê como o pavê,

Após a refeição. Vivo de ler as linhas
Dos meus poemas novos. Os velhos
São pentelhos. Olho-me no espelho

E eles estão encravados nas minhas rugas
O rosto está meio feio, as pulgas
Do destino são mesmo assim,

Deixam feridas! Mas logo morrerão comigo.