Poemas não escritos – 02/02




Soneto dois

Ainda escrevo estas letras... Todas;
Todas mortas, é porque delas dependo
Pra sobreviver!... Não no materialismo
Em que te prendes, mas na vontade

De querer viver!... A frase com reticência
Tem embutida em si, as podas todas
Que ao longo do tempo fizemos
Na árvore que em sendo
Semente mal germinou!... O canibalismo
É só pra bicho!... Tenho até saudades
Do tempo em que imaginamos,

Até e juntos... Sermos felizes!...
Andávamos nos campos como se perdizes
Fôssemos e sempre prontos a levantar um vôo!...

Que nunca alçamos!...