Sonhos Ruminantes
Manada de sonhos ruminantes!
Escombros ditam o silêncio das ruínas.
Imagens inertes contam suas sinas...
Metáforas quaram alvejantes.
A verdade suicida no precipício...
Bocas infames cantam hinos de glória
e como fogos de artifício
alardeiam falsas vitórias.
Cabeças empaladas choram desventuras...
Maldita hipocrisia legionária
que desfralda desbotadas canduras!
Fenecem as sementes embrionárias
nesta calcinada terra de agruras,
onde vidas se fazem ordinárias.
A poeta amiga Esperança, em poético comentário, oferece-nos a sua interpretação. Obrigado poeta.
Imensidade de sonhos que vão e que vêm...
Tornaram-se escombros, ruínas, silêncios...
Fazem-se imagens, que, presas do além
retornam, negando-te qualquer complacência!
No precipício jogaste a verdade. Ou por ti
jogaram-na lá! E seus hinos inglórios
Machucam-te as mãos e a vida... Senti
o quanto magoam-te as falsas vitórias...
Desventuras choram os injustiçados!
Hipócritas riem e debocham dos puros
que carregam a dor de serem sufocados...
Luta! Teu grito já não está mais sozinho!
Há quem lute contigo! Venceremos agruras.
Ressurgindo as Vidas em novos caminhos!...
Esperança.