Visita
Estirastes tuas mãos profanas,
suplicantes, rogando desejos.
No enlace de falsos beijos
buscavas aventuras insanas.
Há uma beleza por descobrir,
um pecado a cometer,
um amor para se crer,
uma vergonha por despir.
Colhestes espelhados fragmentos
de sentimentos tantos
que te cortaram em prantos.
Sou a possível imagem que procuras
no mosaico da vida.
A tua imagem querida.
Nota: Dedico estes humildes versos às poetas amigas do R.L. que, belissimamente, escrevem sobre o amor desprezado por aventureiros visitantes, notadamente àquelas que através de um caleidoscópio de coloridas metáforas douram as imagens que vêem, quando são elas as imagens possíveis, queridas.