Visita

Estirastes tuas mãos profanas,

suplicantes, rogando desejos.

No enlace de falsos beijos

buscavas aventuras insanas.

Há uma beleza por descobrir,

um pecado a cometer,

um amor para se crer,

uma vergonha por despir.

Colhestes espelhados fragmentos

de sentimentos tantos

que te cortaram em prantos.

Sou a possível imagem que procuras

no mosaico da vida.

A tua imagem querida.

Nota: Dedico estes humildes versos às poetas amigas do R.L. que, belissimamente, escrevem sobre o amor desprezado por aventureiros visitantes, notadamente àquelas que através de um caleidoscópio de coloridas metáforas douram as imagens que vêem, quando são elas as imagens possíveis, queridas.

Di Amaral
Enviado por Di Amaral em 05/06/2009
Reeditado em 06/06/2009
Código do texto: T1633438
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