SEM PRAZO
“Primeiro é preciso transformar a vida, para cantá-la em seguida.”
V. Maiakovski
Já deveria mutilar aquele verso,
Que no berço, cerra o punho, irrequieto
O feto confesso do mau intelecto.
Meus sonhos de fortuna ao peito, transverso!
Oh!Pedante clamor da ascensão moral,
Mergulho todo mau verbo á etiqueta.
Direta a correnteza arma olhos de seta
Pra á curto prazo desonerar seu aval!
Dispo-me a zona de conforto tal qual
Maior pupilo do conservadorismo
Sucumbido a uma trama incidental.
Por estar em um momento tão disperso,
Nos prazos e nas metas do consumismo:
Sou tentado a libertar todo inverso!