PIERRÔ
A cidade engalanada veste-se de alegria.
O negro asfalto debruçado nas avenidas
Traz em seu bojo, confetes e serpentinas
Derramadas em gradual mudança de cores!
Os folguedos carnavalescos
Abrasam as almas dos foliões,
Conduzindo-os sem modorra
À embriagadora emoção!
Em meio a palhaços e doidivanas
Segrego suspiros de solidão
Disfarçados na multidão!
Sou pierrô sem colombina a vagar...
Desfilando a minha dor
Com sorriso no olhar!