Soneto do Amor como o Vento (Cap. II)

Há nuvens que anunciam com ternura

O turbilhão do tempo logo adiante;

E a ventania surge em um instante

Com o exaspero que a paixão procura.

Recomponho-me forte na estrutura

Enquanto tudo encobre o meu mirante;

Percebo o sentimento vir radiante

Em soneto de amor como aventura.

Respiro e jogo-me de novo ao léu...

Após a calmaria que passou...

Yemanjá que me ajude, por favor!

Soletrando meus versos de cordel

Seguirei novos rumos do que sou...

Aflito e naufragado pelo amor...

Poema dedicado à Rayssa, as seis letras iniciais dos meus últimos versos