SE

Ai, se eu pudesse, em verdade, tocar-te,

E as minhas mãos teus ombros almejar,

Se eu pudesse... com verdade amar-te,

E neles achar-lhes o terno descansar;

Suas fragrâncias de fina arte,

Suas extensões de sal e de mar,

Róseos declives onde achar-te

E largos espaços onde te beijar;

Nada mais, que fosse ou quisesse,

Teria para mim qualquer benesse...

Nada mais, por mais que soubesse.

Assim eu pudesse, em verdade, amar-te,

E assim os teus ombros, por desejar-te...

Ai, se eu pudesse, com verdade, tocar-te!

Jorge Humberto

(16:35/Junho/05/03)

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 17/04/2006
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