ROSALINDA
Rosalinda, no seu caminho de casa,
Leva consigo resquícios de menina:
Trava o passo, se alguém passa,
Como quando era pequenina.
E logo no rosto sardo se enlaça,
Ligeiro rubor que combina,
Escarlate vestido com que laça
O seu corpo, na posse feminina.
Rosalinda, é hoje mulher amada,
E dos homens sua loucura!
São como matilha acossada,
Perseguindo o que julgam ser seu,
Por ministério ou por feiura,
Nunca por consentimento teu.
Jorge Humberto
(11:12/Maio!02/03)