Meu verso
Meu verso às vezes tem líbido e é estonteante.
Defaz-me o nó de agrura vil.
Soa-me aos ouvidos por um instante.
Levando-me a lirismos mil.
Será casto o verso que redijo?
Ou desnudo e sem preconceito?
Só sei que dele nada eu exijo.
E sobre ele prefiro não tecer conceito.
É como clarineta que ao longe soa.
E é livre e dentro de mim ele voa.
Pousando bem lá no infinito.
Meu verso é tecido delicadamente.
E saboreado sutilmente.
É meu desejo mais bonito.