Folheaste
Folheaste as páginas da minha vida.
E depois esqueceste-me a um canto.
Agora sou uma alma arrefecida.
Entregaste-me por fim ao pranto.
E entre estas páginas deixaste marcado.
A história íngrime de um amor.
Que pelo tempo foi dissipado.
Restando apenas a marca da dor.
E hoje nem mesmo um rastro seu ficou.
Tudo fora devastado pois o vento levou.
O que a vida um dia escreveu...
Nem mesmo um adeus foi permitido.
É impossível acreditar que tudo que um dia por nós foi vivido.
Nem mesmo na lembrança permaneceu.