Carnaval
Chanel número cinco ou dezenove,
Às vezes noves fora quando chove,
Pois mesmo sem perfume ela revolve
Salão onde ela dance com revólver,
Pois se é uma pistoleira em fantasia
Em samba nas cadeiras ela extasia:
Marmanjo que da beira do salão
Dos pés até à cabeça em escalão
Só olhos tem pra moça perigosa,
Que passa bem matreira e dengosa
Bem perto da sua mesa estratégica
E faz que se levante: mãos ao alto!
Rendido aos encantos para o assalto,
Sem susto, é carnaval, tudo é mágico...