Fatais felicidades
Nem tudo que é fatal termina em tristeza,
o mal pela raiz nunca se corta todo,
a flor nasce da erva daninha que podo,
o nosso amor maldito não cederá a reza.
Imploro de joelhos fim da tua ausência,
e a genuflexão não dói em meu orgulho,
pois há amor intenso e sempre debulho
o milho em que ajoelho, estigma e carência.
De pé sei que virás erguer-me ao teu lado,
amor e compaixão te movem com leveza,
sem medo de amar, sem qualquer incerteza.
Talvez te ajoelhes para meu espanto!...
Caída em mesmo abismo também serás forte,
e assim renasceremos sempre a cada morte.