Fatais felicidades

Nem tudo que é fatal termina em tristeza,

o mal pela raiz nunca se corta todo,

a flor nasce da erva daninha que podo,

o nosso amor maldito não cederá a reza.

Imploro de joelhos fim da tua ausência,

e a genuflexão não dói em meu orgulho,

pois há amor intenso e sempre debulho

o milho em que ajoelho, estigma e carência.

De pé sei que virás erguer-me ao teu lado,

amor e compaixão te movem com leveza,

sem medo de amar, sem qualquer incerteza.

Talvez te ajoelhes para meu espanto!...

Caída em mesmo abismo também serás forte,

e assim renasceremos sempre a cada morte.

Fabio Daflon
Enviado por Fabio Daflon em 05/12/2008
Reeditado em 08/01/2010
Código do texto: T1319505
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