Vivandeiras
Destróis o amor como vivandeiras,
que no front tiram seus proveitos
nas gemidas noites dos eleitos,
das cruéis batalhas derradeiras.
Tens, por certo, sentimentos
de instintiva sobrevivência;
Oh, míserável existência!
Vendes-te com os alimentos!
Mal sacias um corpo faminto,
que saúda a morte iminente,
com coração saudoso, silente...
Qual brisa suave em noite quente,
que assopra indistintos feridos,
faz-te prato feito aos inimigos.