Vivandeiras

Destróis o amor como vivandeiras,

que no front tiram seus proveitos

nas gemidas noites dos eleitos,

das cruéis batalhas derradeiras.

Tens, por certo, sentimentos

de instintiva sobrevivência;

Oh, míserável existência!

Vendes-te com os alimentos!

Mal sacias um corpo faminto,

que saúda a morte iminente,

com coração saudoso, silente...

Qual brisa suave em noite quente,

que assopra indistintos feridos,

faz-te prato feito aos inimigos.

Di Amaral
Enviado por Di Amaral em 13/11/2008
Reeditado em 12/10/2011
Código do texto: T1282120
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