CORAÇÕES DE PAPEL
Fátima Irene Pinto
Por onde é que tu andas ó, meu coração?
Pelas terras do sul, pelas terras do norte,
Pelas terras distantes ou cá do rincão,
Procurando por seu derradeiro consorte...
São amores que vem, são amores que vão,
São amores plausíveis ou pura ilusão,
São amores errantes, amores sem chão,
São amores sem chance de consumação.
Bem distante figura um poeta a sorrir,
Bem ao sul um amigo comigo se encanta,
E ao norte um destino por deus já traçado.
Corações de papel que não podem florir,
Muito estranha esta sina que tanto me espanta:
Tanto amor que me dão mas vem sempre truncado.