A Huri (fragmento do livro sonho de vernal)

Ó leviana, mas nem saturnais noites

Minhas, de claras ilusões ,mas férteis ,

Ti terias , eu, criado tão bela e

Nardo assim ,- quão poesia , quão Serafim;

Teu olhar - sorriso que mina os males

Da terra, fertiliza os tristes ares

Dos campos, semeia luz por entre os vales;

Teus finos lábios róseos: vestem, sorvem a

Gélida saliva dos meus molhados;

Corre-te-lhe na fronte descorada,

Regelando a tez, níveo suor exasperado;

Corta-lhe o esboçar-se de teu corpo

Esbelto a viração, qu’em transe trança

O luzir das luzes na pista do verão.

Que beldade és tu, moça!

Que num murmurar, faz volume de uma palavra;

Que na tristeza, tua, faz um oceano de uma lágrima;

Que faz pairar no ar de tua ausência num instante, uma eternidade milenar.

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Pachu
Enviado por Pachu em 26/10/2008
Reeditado em 27/10/2008
Código do texto: T1249345
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