A Huri (fragmento do livro sonho de vernal)
Ó leviana, mas nem saturnais noites
Minhas, de claras ilusões ,mas férteis ,
Ti terias , eu, criado tão bela e
Nardo assim ,- quão poesia , quão Serafim;
Teu olhar - sorriso que mina os males
Da terra, fertiliza os tristes ares
Dos campos, semeia luz por entre os vales;
Teus finos lábios róseos: vestem, sorvem a
Gélida saliva dos meus molhados;
Corre-te-lhe na fronte descorada,
Regelando a tez, níveo suor exasperado;
Corta-lhe o esboçar-se de teu corpo
Esbelto a viração, qu’em transe trança
O luzir das luzes na pista do verão.
Que beldade és tu, moça!
Que num murmurar, faz volume de uma palavra;
Que na tristeza, tua, faz um oceano de uma lágrima;
Que faz pairar no ar de tua ausência num instante, uma eternidade milenar.
( Comente o texto, e muito importante para mim a sua opinião)