ENTRE A VIDA E O AMOR
Vivemos uma vida inteira procurando ao amor compreender,
E quase sempre ao seu final chegamos carregando essa dor,
Por mais que tenhamos batalhado a caminho dessa busca,
Sobram espinhos, pedras e farpas desse tão sonhado amor.
Se o amor pode trazer a felicidade, onde essa se esconde?
Indaga o coração desse animal humano fora do compasso,
No deleite de um suave suspirar e de seus eternos sonhos,
Adormecido no aconchego desse teu acolhedor antebraço.
Sonhos serão sempre fantasias desse espírito que adormece,
No pensar das coisas vindas dessa chama em nosso coração,
Calamos quanto às palavras não ditas, se nossa voz enrijece.
Agita-se o espírito, perde-se a calma e por vezes a razão,
Na esperança desse amor que a vida aos homens oferece,
E o individuo humano está sempre a buscá-lo na contramão.
Rio, 13 de setembro de 2008.
Feitosa dos Santos