Fado Atroz(Soneto á Zé do Caixão)

Lá vem encarnado em manto atro

Os vestíbulos da aurora bestial

Jorram as pragas num delírio anormal

Arrebatando egos ao jugo tártaro

Cedeu o lugar da'lma ao betume

A epífora amargurada de Josefel

Há de crivar na idolatria seu fel

Na busca pelo súpero perfume

Da fêmea em seu eugênico papel

Acima da metafísica o EU

Jazei inexorável Zé és brado infamo

Metamorfoseando um algoz cruel

Ostenta as insígnias de quem mereceu

O status quo de encarnar o diabo

Fabio R
Enviado por Fabio R em 13/09/2008
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