Doi(í)da

Perdulária, insana, profana,

que lança tesouros ao mar!

Vives perdida, sem leme, a vagar

pelos pântanos, no limo, na lama!

O brilho que te ilumina o luar

Não contém a magia do amor;

Mera luz estéril a soprar

a brasa que te marca a dor.

Debochas dos sentimentos puros,

mas voas assim mesmo...

Até os mais belos píncaros!

Em delírios, a esmo, flutuas,

muito além dos pichados muros

que limitam as razões tuas.

Autor: Dedico estes versos à resistente loucura.

Di Amaral
Enviado por Di Amaral em 21/08/2008
Reeditado em 22/08/2008
Código do texto: T1139731
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