Doi(í)da
Perdulária, insana, profana,
que lança tesouros ao mar!
Vives perdida, sem leme, a vagar
pelos pântanos, no limo, na lama!
O brilho que te ilumina o luar
Não contém a magia do amor;
Mera luz estéril a soprar
a brasa que te marca a dor.
Debochas dos sentimentos puros,
mas voas assim mesmo...
Até os mais belos píncaros!
Em delírios, a esmo, flutuas,
muito além dos pichados muros
que limitam as razões tuas.
Autor: Dedico estes versos à resistente loucura.