MERGULHO
Bate no meu peito uma saudade
E minh’alma ansiosa se apavora
Mergulha neste rio da idade
São velhas margens que assaz implora
O arco-íris vive a frugalidade
A retina em êxtase devora
Minha alma voa na velocidade
Fica absorta e pra voltar demora
Nesta guerra do passado e presente
Se o sentimento cada vez apura
Repertório se faz mais comovente
Mas minha rua se torna tão escura...
Confesso, se não fosse indecente,
Versaria nu na inocência pura...