SAUDADE QUE NÃO ESMORECE

Saudade; palavra que me persegue,

desde que te conheci, meu amor.

Saudade; que o vento não nos negue,

brisa fresca, enaltecendo o alvor.

Saudade anda a par comigo e segue

rio abaixo, levando meu dito torpor.

Eis sou nada, que o mundo me cegue,

se a saudade de ti, não for o teu olor.

Umas vezes carícia, outras afronta;

tem tanto de bom como de mal,

se se intromete e em nós desconta,

a desfloração que não nos concede.

Ah, saudade, é todo este manancial,

rubro fruto, que a árvore nos cede.

Jorge Humberto

18/07/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 19/07/2008
Código do texto: T1087630
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