Campo - santo

Pela natureza desse gosto á perfídia,

devora o amor que da alma exala.

Corpo teu que desaba em devaneios,

sufocando o ódio e o choro contido.

Fulgurante é o espírito que tem o entendimento.

Da razão por esconder-te, acho graça.

Quando no seio o amor repousa tardio,

infeliz é o ser, falso; enganador.

Pois aquele que habita os sombrios campos, jaz

solitário como a um verme lívido,

que peleja ofegante pela falta de sono.

Neste mundo, tem vários espíritos

mas, apenas a compleição d'alma cândida,

o conduzirá até o purgatório.

Cabrone
Enviado por Cabrone em 07/07/2008
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