Campo - santo
Pela natureza desse gosto á perfídia,
devora o amor que da alma exala.
Corpo teu que desaba em devaneios,
sufocando o ódio e o choro contido.
Fulgurante é o espírito que tem o entendimento.
Da razão por esconder-te, acho graça.
Quando no seio o amor repousa tardio,
infeliz é o ser, falso; enganador.
Pois aquele que habita os sombrios campos, jaz
solitário como a um verme lívido,
que peleja ofegante pela falta de sono.
Neste mundo, tem vários espíritos
mas, apenas a compleição d'alma cândida,
o conduzirá até o purgatório.