Infância

Da aurora rutilante no organismo fecundo

Brotará candura para cumprir puerícia.

Neto de minha velhice, afago a que nunca tive...

Fruto da minha imaginação, do meu desejo.

Hoje sei que se desprovido causará amargura

No coração que não cabe o que não interessa pro que veio.

Quem pela força coagir, defrontará luz pura

Como aqueles que vivem imerso, absorto em devaneio.

Mas se a chegada do rebento lhe causar ternura

Meticuloso hei de ser para que evite anseio.

Quando contentamento fato na vida deste procura.

E quando a alma não diz por que o mundo gira

E as plantas crescem e as estrelas brilham, saiba.

Deus está mais feliz quando as crianças brincam.

Cabrone
Enviado por Cabrone em 01/07/2008
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