RETRATO
Eu caminho em círculos para alimentar a matilha
Não vejo, não sinto, não cheiro, nada de interessante...
Pois, falam tanto de mim
Que eu deixo de falar de eu mesmo.
O barquinho desmaia nas pontas suaves
E, eu sigo por caminhos desertos sem olhar para atrás
Pois, falam tanto de mim
Que eu deixo de falar de eu mesmo.
Sou a aurora boreal nos ventos livres
Os discos voadores desse nosso espaço sideral
O mundo antigo que nem sei mais...
E quero sempre ser real por não faz mal por quê?
Que eu já deixei de falar de eu mesmo.