TEOREMA
Depois da meia-noite eu apago as luzes
E adormecido sonho contigo
Porque és-me o vale d'alma que acalanta minh'alma
Nas noite frias de outono.
Às vezes, sou o beijo, o cheiro da flor em botão
Esquinas retas, diretas, em frente...
Depois da meia-noite eu apago as luzes
E adormecido sonho contigo.
Minha vida dividida entre ser e estar
Nas paralelas em ocre veludo de opala
Surge em um firmamento um luzir que me faz poema
Depois da meia-noite eu apago as luzes.