O PERDIDO
Eu me sinto como um viajante;
Perdido por esse oceano infindo, bravio;
E, ao cair da tarde em além-mar;
Sinto-me na beira-mar solitário.
Eu vejo o céu risonho, as nuvens bailarem;
Os pássaros passarem voando, em bando;
E, ondas turvas a me levarem além de mim;
Um lugar para eu contemplar minha vida.
Ó D'us, eu queria ser a relva;
Para sentir-me silvestre;
Nos tempos que assobiam;
Os pássaros em flor a bailarem;
Na solidão do mar, assim na terra.