ALERQUIM
Não quero ser a ilusão
desse carnaval em vão
que criastes para mim
sem me pedires permissão.
Queres tu que eu seja tua colombina
para com teus confetes e serpentinas
bailares tu por todo o belo salão
sem eu ter o pierrô ao meu lado?
Ó, arlequim, não precisavas tocar a marchinha
que calou-se quando eu sai alado desse salão
por seres tu o único a desejares o carnaval
que não baila-se mais por gratidão
desde o último refrão de adeus aos histriões.