ALERQUIM

Não quero ser a ilusão

desse carnaval em vão

que criastes para mim

sem me pedires permissão.

Queres tu que eu seja tua colombina

para com teus confetes e serpentinas

bailares tu por todo o belo salão

sem eu ter o pierrô ao meu lado?

Ó, arlequim, não precisavas tocar a marchinha

que calou-se quando eu sai alado desse salão

por seres tu o único a desejares o carnaval

que não baila-se mais por gratidão

desde o último refrão de adeus aos histriões.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 14/02/2021
Código do texto: T7184479
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