CIDADE NUA
Ó, Paris, perfume lírio doce;
Que sejam vós a fâmula;
Que pela correnteza se vai;
Inundando o mar entre rios.
Da torre Eiffel vejo-te pulsante;
Iluminando cenas das andanças;
Misturando-se ao chocolate melado;
Adocicando em fumaça, o cigarro.
És tu a menina do garoto;
Que pelas árvores frondosas;
Faz-se luz em pétalas d'amor;
Desnudando-se em poesia;
O que tens de cor em liberdade.